Como a Amazon usa dados para acelerar entregas e reduzir custos
Quanto mais rápida é a entrega de um produto, maior a chance de você optar por comprá-lo, certo? Quem também sabe disso são as grandes empresas de e-commerce do planeta, o que inclui a Amazon e foi sobre isso que Doug Herrington (CEO da divisão de lojas da empresa) falou no evento Delivering the Future – que acontece nessa quarta-feira em Nashville (EUA).
Durante seu keynote sobre inovação, o executivo foi bastante enfático ao relembrar que o uso de dados é uma peça-chave para o sucesso da companhia no mercado internacional – o que inclui o Brasil, logicamente.
Com o uso de análises de dados de alto volume – e aqui destacamos também a integração da loja com a cadeia de distribuição e coleta de dados com AWS -, a companhia consegue traçar relações claras entre as métricas de sucesso de venda e o tempo de entrega de cada categoria de produto.
Com isso não é possível somente saber que “consumidores preferem frete rápido”, mas que “consumidores de uma cidade X compram ração de cachorro que são entregues em até 1 dia, mas também conseguem esperar até 4 dias para eletrodomésticos” (e aqui deixo claro que são aspas minhas, não de Doug Herrington).
Velocidade x Custos
Vender mais sempre significa aumentar a receita da empresa, mas o executivo da Amazon também lembra que isso precisa ser pensado em uma relação direta com custos, para que a equação seja positiva. Por isso esse uso de dados também é importante para que a empresa consiga distribuir seus produtos em diferentes centros de distribuição ao redor dos países em que opera.
Nos Estados Unidos, por exemplo, isso passou por uma reformulação da cadeia de distribuição com os centros de “cumprimento”, que são centros de distribuição pensados em permitir que as metas de frete sejam realizadas com sucesso.
De acordo com Herrington, com essa distribuição também existe uma redução nos custos de transporte e redução no número de incidentes, garantindo mais fôlego para os investimentos em inovação e crescimento.
Essas iniciativas todas são testadas nos Estados Unidos, mas pensadas para todo o mundo. No Brasil, por exemplo, um sistema similar já permite que a Amazon atenda 1.300 cidades em até dois dias úteis e 200 cidades em um dia útil.