GPT-4 gasta até 3 garrafas de água a cada 100 palavras geradas, diz estudo
O modelo de linguagem GPT-4 da OpenAI pode consumir o equivalente a até três garrafas de água para gerar um texto com 100 palavras solicitado pelo usuário, de acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. A pesquisa foi detalhada pelo The Washington Post na quarta-feira (18).
Esse consumo de água por parte da inteligência artificial generativa é relacionado ao líquido necessário para resfriar os servidores da empresa responsáveis pela geração das respostas do ChatGPT. O gasto varia de acordo com o estado e a localização do data center, como explicaram os autores.
No Texas, foi registrado o menor consumo, com a IA usando 235 ml para criar um e-mail com 100 palavras, em média, o equivalente a menos da metade de uma garrafa de 500 ml, utilizada como referência. Já no estado de Washington, o chatbot gasta 1.408 ml de água a cada 100 palavras, o que representa quase três garrafas.
Isso pode não parecer muito quando se pensa na análise individual, mas considerando o grande número de pessoas acessando o GPT-4 todos os dias há um gasto bastante elevado de água, como destaca o estudo. Além disso, a pesquisa levou em conta apenas a geração de texto simples, com outras tarefas podendo gastar ainda mais.
IA e energia elétrica
Além do alto consumo de água, o GPT-4 e os demais modelos de linguagem possuem uma enorme demanda de eletricidade para manter os data centers funcionando. Estima-se que o bot da OpenAI gaste pelo menos 500 mil kWh de energia para responder 200 milhões de solicitações a cada dia.
Esse total equivale a quase 17 mil vezes mais do que o gasto da média das residências nos Estados Unidos, no mesmo período. Dessa forma, as empresas do setor têm pensado em alternativas para garantir o uso sustentável de energia e água, pois há uma tendência de aumento da demanda com a utilização cada vez maior da IA.
Uma das principais investidoras da desenvolvedora do ChatGPT, a Microsoft anunciou, esta semana, planos de levantar US$ 30 bilhões, inicialmente, para melhorar a infraestrutura de IA. A iniciativa, em parceria com a BlackRock, prevê a construção de novos data centers e investimento em fontes de energia sustentáveis.