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Justiça derruba liminar que permitia à Amazon vender celulares irregulares

Em decisão, desembargador afirmou que homologação da Anatel é obrigatória para usar e vender celulares no Brasil. Amazon tinha conseguido suspender norma que exige derrubada de anúncios de celulares sem código de certificação.

A Justiça derrubou a liminar que permitia à Amazon vender em seu site celulares sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esses aparelhos são considerados irregulares e sua comercialização é proibida, segundo a agência.

A Amazon tinha conseguido em julho, por meio da liminar, o direito de vender smartphones sem verificar se eles eram homologados. Agora, essa autorização deixou de valer por uma decisão do desembargador federal Carlos Muta, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).


A disputa judicial entre a Amazon e a Anatel está ligada a um despacho feito em junho pela agência. O documento determinou que lojas virtuais teriam 15 dias para retirar anúncios de telefones celulares que não tivessem códigos de homologação validados.

Após o período de adequação, a loja que descumprisse a determinação estaria sujeita a multa diária de R$ 200 mil, entre outras medidas. Se a determinação não fosse seguida depois de 25 dias, a partir do fim do prazo inicial, o site da empresa poderia ser suspenso no país.

A liminar concedida à Amazon em julho – e agora derrubada– considerou que não havia elementos que indicassem dano iminente ao consumidor que comprasse celulares irregulares e que as medidas impostas soavam desproporcionais.

Após a nova decisão, a Amazon afirmou ao g1 que "reafirma seu compromisso em proporcionar aos consumidores uma experiência de compra segura e de qualidade". A empresa disse que aguarda a intimação do TRF-3 para "avaliar o teor da decisão de forma a decidir sobre os próximos passos".

A Anatel, por sua vez, disse que "considera a decisão judicial positiva para os consumidores brasileiros".


Fonte: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2024/10/01/justica-derruba-liminar-que-permitia-a-amazon-vender-celulares-irregulares.ghtml