Meta é multada em R$ 555 milhões por armazenar senhas de forma insegura
A Meta, dona da rede social Facebook, foi multada em 91 milhões de euros (cerca de R$ 555 milhões em conversão direta de moeda) pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda. O valor foi definido em uma decisão sobre um caso que é investigado desde 2019.
A plataforma foi penalizada por armazenar senhas de usuários de forma insegura — em texto bruto, sem criptografia ou outras camadas adicionais de segurança. A denúncia original feita há cinco anos fere diversos princípios da GDPR, a equivalente europeia da nossa Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e principal inspiração da nossa legislação cibernética.
Segundo a nota da comissão, armazenar senhas nesse formato, chamado no meio digital de plain text, é algo conhecidamente não recomendável "considerando os riscos de abuso que emergem de pessoas acessando esses dados". No período, mecanismos como verificação em dois fatores ainda não eram tão disseminados, o que só colocava as contas dos usuários ainda mais em perigo.
A investigação puniu a Meta também porque a empresa não notificou autoridades sobre a falta de proteção e nem documentou eventuais problemas decorrentes desse armazenamento inseguro. Uma "repreensão" em forma de advertência também faz parte do veredito, mas não há detalhes sobre quais as consequências dessa ação para a empresa.