X está de volta? Usuários relatam que rede social voltou a funcionar pelo app
Usuários relatam que a rede social X voltou a funcionar no Brasil na manhã desta quarta-feira. De acordo com alguns comentários, é possível usar a plataforma a partir do aplicativo para Android e iOS, enquanto o acesso via navegador segue indisponível.
O X está bloqueado no país desde 31 de agosto, após decisão judicial publicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, não existe nenhuma confirmação do STF sobre o fim da suspensão.
Algumas pessoas ainda conseguiam entrar na plataforma após a decisão, provavelmente por questões estruturais de operadoras menores de internet, enquanto o aplicativo do X nunca parou de enviar notificações push. Porém, muitos usuários que não tinham acesso nas últimas semanas conseguiram ver os posts e abrir os perfis da rede a partir desta quarta-feira.
Em teste feito pelo Canaltech, o retorno da rede parece ser aleatório e não está atrelado a um único estado no Brasil — existem registros de que a rede voltou a funcionar nos estados de Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo nas operadoras Algar, Tim e Vivo, mas isso não afeta todos os clientes.
Para quem já conseguiu acessar a rede, o comentário “o Twitter voltou” já domina os feeds e está no topo da lista de assuntos do momento por lá.
A reportagem entrou em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e STF, mas ainda não teve retorno — amatéria poderá ser atualizada com uma eventual resposta. O Conexis Brasil Digital, que representa operadoras como Claro, Tim e Vivo, afirmou que apura a situação.
Multas do X foram pagas na última semana
A decisão do STF estabelecia três fatores para acabar com o bloqueio da rede no Brasil: o X deveria nomear um representante legal, pagar as multas aplicadas pela Justiça e bloquear contas que publicavam conteúdos antidemocráticos ou de discurso de ódio.
Um deles foi cumprido na última sexta-feira, quando o STF confirmou o pagamento de R$ 18,3 milhões em multas, obtido após bloquear as contas das empresas X e Starlink (ambas vinculadas ao bilionário Elon Musk). A decisão foi animadora para quem contava com o retorno da rede, mas ainda não há nenhuma menção sobre um representante legal ou possível acordo com a Justiça para retomar o acesso.